O que é um serial killer
Um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês, serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopático que comete crimes com frequência, muitas vezes seguindo um método e não raro deixando sua “assinatura”. Curiosamente, os Estados Unidos, que possúem menos de 5% da população mundial, produziram 84% de todos os casos conhecidos de serial killers desde 1980.
Muitos dos capturados aparentavam ser pessoas respeitáveis, atraentes,
bem sucedidos e membros ativos da comunidade, até que seus crimes foram
descobertos.
A seguir, os perfis de alguns assassinos em série, para que você
conheça um pouco mais a respeito essas tenebrosas mentes criminosas:
Gilles de Rais, Barão de Retz-Bretanha
Gilles de Montmorency-Laval,
Gilles de Rais, ou
Gilles de Retz (10
de Setembro de1404 - 26 de Outubro de 1440), foi um “nobre” francês e
soldado que participou de várias batalhas contra os ingleses ao lado de
Joana D’Arc (considerada santa pela igreja católica e de quem era grande amigo). Foi acusado e condenado por
torturar e estuprar um grande número de crianças. Juntamente com Erzsébet Báthory, aristocrata húngara que agiria no século seguinte, é considerado precursor dos
serial killers modernos. Ele tinha um irmão, René de Susset, com o qual foi muito unido em sua infância.
O avô Jean
Após a morte de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu
pai, os dois irmãos ficaram sob a tutela do avô materno, Jean de Craon. O
avô ensinou aos garotos o
narcisismo, a soberba, o poder e
o orgulho,
o que moldou a personalidade doentia de Gilles. No começo, Jean dava
mais atenção ao irmão de Gilles, o que fez com que este, frustrado,
vivesse fechado na biblioteca da casa. Lá ele encontraria seu
alter ego e heróis, lendo livros sobre a Roma antiga. Ele via como os antigos imperadores romanos eram poderosos, ricos e
matavam sem dever explicações a ninguém.
Aos 14 anos, seu avô lhe deu uma armadura milanesa e o proclamou
cavaleiro. Logo ele manejava uma espada e destruía bonecos de
treino e demonstrava sua agressividade, primeiramente com animais, mas logo depois com seres humanos.
Primeiro assassinato
Com apenas
15 anos, cometeu seu
primeiro assassinato.
Chamou seu amigo Antoine para um duelo, que este pensou de brincadeira.
Mas Gilles levou o duelo a sério, atingiu Antoine com a espada e o
matou. Não foi sequer acusado,
pois era nobre e Antoine era de origem humilde.
Sua agressividade levou-o a entrar para a carreira militar, na qual
poderia descarregar sua fúria assassina nos inimigos. Em 1420, casou-se
com
Catherine, que era de uma casa nobre da Bretanha. Porém Gilles dizia não amar a esposa e posteriormente, ficou evidente que ele era
homossexual. Mais tarde, Gilles lutou ao lado de
Joana D’Arc, por quem possuía uma estima muito grande.
Com o tempo, as derrotas contra os ingleses e, posteriormente, a morte
de sua ‘deusa’ Joana D’Arc, tornaram Gilles cada vez mais
triste e sombrio.
Refúgio
Deixou a vida militar e refugiou-se no castelo de Tiffauges, onde
seus demônios e sentimentos mais perversos afloraram. Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de
1.000
meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava
rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava
toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com
Joana D’Arc e em
festas para seus estranhos amigos e conselheiros. As bizarrices ocorriam ao cair da noite, quando ele
torturava, estuprava e assassinava
meninos, previamente sequestrados pelas bruxas. Para defender-se de
acusações de que os meninos sequestrados eram levados ao seu castelo,
Gilles dizia que os entregava à igreja para se tornassem padres.
O fim
Tudo acabaria em outubro de 1440, quando uma investigação levou até
ele, em seu castelo. Em seu julgamento ele se declarou, a princípio,
inocente. Entretanto, em um de seus
transtornos de personalidade,
dos quais já sofria há anos, ele assumiu a culpa, dizendo estar
arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações
conturbadas. As declarações chocaram a França, pois
era considerado um herói pelo povo. Chegaram a contabilizar 200 vítimas, porém é certo que este número seja bem maior.
Em 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus cúmplices foram levados até Nantes, onde foram
enforcados e depois queimados.
Javed Iqbal
Javed Iqbal Mughal, serial killer paquistanês culpado de
abuso sexual e
assassinato de 100 crianças.
Em dezembro de 1999, Iqbal enviou uma carta para a polícia e um jornal
local, em Lahore confessando o assassinato de 100 meninos, todos com
idades entre seis e 16 anos. Na carta, alegou ter estrangulado e
esquartejado as vítimas e dissolvido os seus
corpos
usando ácido clorídrico. Depois despejou os restos num local. Em sua
casa, a polícia e os repórteres encontraram manchas de sangue nas
paredes, no chão, a corrente com que Iqbal alegou ter estrangulado suas
vítimas, além de fotografias de muitas das suas vítimas em sacos
plásticos. Duas cubas de ácido com restos humanos parcialmente
dissolvidos foram deixados a céu aberto com uma nota explicando que “os
corpos na casa não foram totalmente eliminados para que as autoridades
possam encontrá-los.”
A prisão
Em 30 de dezembro de 1999 ele foi preso e afirmou que
tinha se rendido porque temia por sua vida e achava que a polícia iria
matá-lo. Apesar de seu diário conter descrições detalhadas dos
assassinatos, e apesar dos textos nos cartazes em sua casa, ele alegou
no tribunal que era inocente e que o caso todo era uma farsa elaborada
para chamar a atenção para a situação das crianças em fuga de famílias
pobres. Declarou que sua confissão à polícia foi feita sob coação. Mais
de uma centena de testemunhas depuseram contra Iqbal e seus cúmplices,
que foram considerados culpados. Iqbal foi condenado à morte por
enforcamento. O juiz proferiu a sentença dizendo: “Você vai ser
estrangulado até a morte na frente dos pais cujos filhos você matou, Seu
corpo
será então cortado em pedaços e mergulhado em ácido, da mesma forma que
você fez com as crianças.” Na manhã de 8 de outubro de 2001, Iqbal e
seu cúmplice Sajid Ahmad foram encontrados mortos em suas celas.
Aparentemente, tinham se suicidado tomando veneno. Iqbal é considerado o
serial killer com maior número de vítimas da história do Paquistão.
Thug Behram
Thug Behram (ou Buhram) foi um indiano que estrangulou
931 pessoas entre 1790 e 1830. Ele assassinava suas vítimas com o “rumal” um
lenço cerimonial
branco e amarelo. Outro método era um laço de seda com um peso de
chumbo pendurado nas pontas, parecido com as boleadeiras dos gaúchos.
Normalmente, Behram não atuava só, saía com seus capangas, um bando de
30 a 50 homens apelidados de os “Thugee”, uma liga de assassinos
considerados a primeira rede de mafiosos do mundo. Quando finalmente as
forças Britânicas capturaram o monstro, ele proclamou orgulhosamente os
seus assassinatos, ainda que não recordasse o número exato deles. Thug
Behram é considerado o maior
serial killer não militar da história e dificilmente alguém tomará dele este título. Behran foi condenado e
enforcado em 1840.
Na próxima edição: Os 12 Serial Killers Mais Cruéis De Todos Os Tempos – 2ª Parte